Acha que sabe (mesmo) escolher perfumes?

Não é tarefa fácil, por isso a Clash organizou um workshop dedicado ao tema. Uma das nossas repórteres esteve presente e conta-lhe todos os segredos da marca.

No passado sábado, 9 de abril, a perfumaria Clash organizou o primeiro workshop sobre perfumaria. O evento ficou a cargo de Susana Chaves, editora de beleza da Vogue e autora do blog Beauty Airlines e promete ser o primeiro de muitos, sendo os próximos sobre temas mais específicos dentro do vasto – e ainda pouco explorado – tema da perfumaria.

Há quem use o mesmo perfume há vários anos e que não se preocupa em variar. Eu era uma destas pessoas, mas depois do workshop da Clash, a minha opinião mudou. Um perfume é um acessório que completa o nosso outfit: há dias em que queremos um look mais chamativo – que se conjuga com um perfume forte – noutros, um look mais discreto, que vai bem com um perfume mais suave.

É por isso que, para escolhermos bem um perfume, importa conhecer o universo da perfumaria.

Na Clash, os frascos são todos iguais. A marca optou por simplificar este aspeto e apostar nas características do produto em si. Além de não influenciar a compra pelo aspeto físico do produto, permite que o preço seja inferior ao de outras perfumarias, já que o custo de produção também é menor. Mas não pense que estes perfumes são de pouca qualidade, a Clash, que está em Portugal há dois anos, com dois espaços em Lisboa e um no Porto, conta com vários perfumistas de renome como Daniela Andrier, que criou a última coleção da Prada ou Louise Turner, que desenvolveu os sete últimos perfumes da Cavali.

“Este é o meu universo preferido dentro da beleza. Acho que nem a marca sabia que a perfumaria é uma das minhas grandes paixões” conta Susana Chaves, que já colecionava perfumes antes de começar a escrever sobre o tema para a Vogue. O seu interesse foi aumentando à medida que foi entrevistando perfumistas e conhecendo as várias histórias e processo de fabrico de inúmeros perfumes.

Hoje, a perfumaria é um universo que Susana Chaves domina. Foi ela que explicou aos participantes do workshop tudo o que devemos saber sobre este tema. Comecemos pela composição do perfume: há as notas de topo, de corpo e de fundo e num perfume preferido, temos de nos dar bem com todas estas notas.

As de topo são a primeira impressão que temos acerca de um perfume. Se reparar, o cheiro do perfume não é o mesmo mal o coloca e passado alguns minutos, é a passagem das notas de rosto para as de corpo. Estas segundas definem a personalidade do aroma, é o cheiro com que fica passado algum tempo e identifica propriamente um perfume. Por fim, as notas de fundo são as que dão sustentação – é o cheiro que fica no corpo e na roupa no final do dia.

A Clash divide os perfumes por coleções, conforme sejam mais fortes ou doces, por exemplo. Experimente vários cheiros, limpe o olfato cheirando os grãos de café presentes nas lojas e torne a cheirar os perfumes. Quando achar que tem uns três ou quatro perfumes favoritos, experimente em si – vai influenciar o aroma – e perca algum tempo, para garantir que gosta tanto das notas de corpo como das notas de rosto.

Vai ter mesmo de perder algum tempo, pois embora existam perfumes para homem e mulher,nada é restrito, já que há perfumes que embora sejam apresentados como para um sexo, há clientes do sexo oposto que se identificam com o mesmo.

Além disso, pode combinar dois perfumes, seja entre duas famílias ou entre um perfume de homem e outro de mulher – a variedade é imensa.

No final do workshop, fomos desafiados a escolher o nosso favorito. Com base na explicação de Susana Chaves, tornou-se muito mais fácil encontrar o perfume que vai mais ao encontro dos meus gostos e sinto que vou passar a entrar numa perfumaria muito mais orientada.

Tudo o que precisa num único espaço