Já não a conseguem ouvir falar de bebés e fraldas? 10 sinais de alarme

De certeza que quando começou a namorar com o seu mais-que-tudo pensou que não podia deixar de ser a pessoa que era, que não devia mudar muito as rotinas e até que as suas amigas continuariam a ser o centro do seu mundo. O que aconteceu realmente? A verdade é que quase vendeu a alma ao diabo em troca de ser feliz e só se apercebeu quando a história acabou com baba, ranho, uma caixa de gelado e um filme bem lamechas.

O mesmo aconteceu quando foi mãe, ou não? Sempre sonhou que ia ser uma mãe moderna, só um bocadinho galinha – o suficiente para ser uma característica engraçada -, nunca colocou em hipótese frequentar fóruns e grupos de mães porque isso é coisa de quem vive obcecado com a maternidade e não tem vida própria e sempre achou que mesmo depois daquele ser pequenino nascer haveria um sem número de conversas interessantes a ter que não incluíssem horários de sono, papinhas ou mesmo cocó.

Para analisar o problema, temos de ter a capacidade de nos afastar do papel de mãe, namorada ou amiga

O problema é que aquilo que prevemos ou mesmo aquilo que sonhamos acaba por ser, na maioria das vezes, o oposto do que realmente acontece e nem sequer está ao nosso alcance mudar no imediato, mas sim quando temos a capacidade de nos afastar do papel de mãe, namorada ou amiga em que nos tornámos e avaliar tudo com calma e distanciamento.

Aqui ficam 10 sinais de ‘perigo’ a que devemos estar atentas para evitarmos ser aquelas mães chatas e sem assunto (que não seja bebés) que tanto criticámos no passado…

1. Não consegue deixar o seu filho com ninguém, nem em lado nenhum que não seja debaixo da sua asa protetora e nem a sua mãe é capaz de cumprir a extensa lista de exigências que traçou mentalmente…

2. Deixou de ter vontade de fazer outras coisas que não incluam alimentar, mimar ou passear o bebé? Parece que nada a satisfaz realmente e que ficou desinteressada do mundo porque o mundo (pelo menos o seu) passou a ser aquele ser pequenino que só chora, come, dorme e faz chichi e cocó, mas que é mesmo maravilhoso?

3. Esqueceu-se do que falava ou do que fazia antes dele nascer e aqui inclui-se as idas ao cinema e à praia com as amigas, o cabeleireiro, a depilação e as unhas, o dar um pulo ao spa e ir beber um cocktail no bar da rua ou até o saber que as compras podem ir além da secção de bebé nas lojas e das prateleiras das fraldas, toalhitas e chuchas no supermercado;

4. O resto do mundo que não tem filhos não percebe o mágico que é ser mãe e você passa todos os minutos do dia/noite a tentar explicar-lhes as maravilhas da maternidadeaté à exaustão. Sim, porque isto de ser mãe exige trabalho e dedicação na demanda de ser ‘perfeita’;

5. E por falar de perfeição, não há outro patamar sem ser esse o que almeja alcançar em tudo o que faz. Não imagina que o seu bebé não seja o primeiro da rua a ter o primeiro dentinho; o primeiro da fila do supermercado a gatinhar; e até o primeiro da sala de espera do médico a dizer a primeira palavra sagrada: «mamã»;

6. Rotula de fúteis todos aqueles que gastam dinheiro só em viagens, roupa e maquilhagem; aqueles que investem em ginásios e cursos de enriquecimento curricular; e até os workaholic. Sim, porque isto do tempo passa a ser sagrado e essencial, mas não pode ser ‘desperdiçado’ com coisas que não sejam a manutenção da espécie…

7. Apesar de negar que consulta blogues sobre maternidade e garantir que não precisa de falar com outras mamãs sobre o tema, a verdade é que já tem nos favoritos todos os grupos de mães, grávidas e crianças do Facebook, comenta todos os 355 blogues que segue com o nome Ana Teresa ou Joana Silva e até já marcou ir passear o bebé com outra mamã que nem de propósito teve uma menina no mesmo dia em que você foi mãe;

8. Adia o regresso ao trabalho e começa a deixar de perceber sequer porque trabalhava antes de engravidar. Isso da carreira quase parece uma utopia ridícula de mulheres com a mania que são cosmopolitas ou independentes porque na verdade o que mais queria mesmo era seguir o exemplo da sua mãe ou avó e ficar por casa a tomar conta da prole;

9. Cólicas, leites de adaptação, introdução aos alimentos sólidos e teorias de A a Z sobre a consistência do cocó e a melhor forma de limpar o nariz são os únicos assuntos nos chats do WhatsApp, quer estejam amigas que já são mães ou não. E se há muitas queixas e reclamações fica indignada com a sua falta de sensibilidade a esta fase tão importante da sua vida;

10. Se abanou a cabeça de forma negativa a todos os pontos anteriores porque está a ler este texto em frente a uma amiga que lho recomendou, mas no fundo sente que até há coisas que são verdade, mas não quer nada admiti-lo, saiba que o ideal é mesmo sair da carapaça que criou e ver que há um mundo além bebé e além maternidade. Realmente não há nada melhor do que ser mãe, mas não precisa de o esfregar na cara de toda a gente. Há pessoas que não querem saber e mais do que isso que não têm de saber.

Conselhos: Aproveite e deixe o bebé na sua mãe (ou sogra), vá ao cinema ou ao ginásio, beba um copo com as suas amigas, mesmo que tenha de ser um cocktail sem álcool porque está a amamentar, faça umas compras para si, mesmo que ainda não tenha voltado à sua esbelta forma física, e depois diga se não se sente mais normal, tranquila e menos obcecada com ‘O’ bebé.