Di Casa: uma “vera” experiência italiana!

Esta é a minha história com o restaurante Di Casa. Experimentei-o num dia de sol de outono e percebi o porquê do selo da genuinidade italiana. Mas aqui ainda sabe melhor: há o Tejo à vista!

Senti o cheiro do forno a lenha mal comecei a subir as escadas rolantes que me levaram ao Di Casa. Quando me aproximei um pouco mais, foi como uma explosão de cheiros italianos em perfeita harmonia, entre a massa da pizza, o tomate, a mozzarella, o manjericão ou o alecrim. Por momentos, quase me esqueci que tinha o Tejo à vista e pensei estar na Itália genuína das “veras pizzas e pastas”.

O preto predomina nesta Di Casa do Centro Vasco da Gama, o que lhe confere elegância e sobriedade. Há uma ou outra pincelada de tons fortes para quebrar o monocromático da decoração, a que se juntam vários apontamentos de madeira, aqui e ali, como uma banca que parece saída das mercearias antigas, onde se expõem produtos típicos italianos.

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Aproveitei o sol de outono e pedi mesa na esplanada. Enquanto espreitava a ementa, o olhar desafiava-me a contemplar o horizonte, uma e outra vez. O espaço amplo e desafogado convidou-me a sentar o mais próximo possível do Tejo. Estava sozinha, mas não solitária. O sol fazia-me companhia, batia-me ao de leve na cara, enquanto a música ambiente fluía sem pedir licença.

Chegou a vez de pedir… Fiquei indecisa: muita variedade com fortes argumentos para conquistar o palato. Decidi-me pelo Crostino – fatia de pão levemente tostado e aromatizado com alho, com mozzarella de búfala, rúcula, presunto e pesto – para entrada. Para prato principal, ainda olhei para as pastas e para os risottos, mas lembrei-me daquele forno a lenha uma vez mais e decidi-me por uma pizza, não havia volta a dar…

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Não me saía da cabeça aquele amor à primeira vista com o forno a lenha, com o “pizzaiolo” por perto a preparar cuidadosamente a massa, enquanto colocava meticulosamente os ingredientes que lhe dariam sabor. Mais uma vez, o difícil foi escolher. Adoro a conjugação do presunto com a rúcula que ali também há com o nome de “Parma”, mas decidi inovar.

A “Caprino” desafiou-me a experimentá-la. Com molho de tomate e queijo mozzarella, coberta com folhas de rúcula, rodelas de queijo de cabra, miolo de noz caramelizada e regada com azeite de trufas e orégãos  pareceram-me uma sinfonia para as papilas gustativas. E assim foi.

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Mas atenção que o segredo não está só massa – fina e estaladiça como se quer. O serviço, a simpatia dos funcionários e sentir a verdadeira Itália no prato e nos detalhes fez a diferença. Além dos preços bem convidativos.

Despedi-me com a promessa de voltar em breve, mas não sem antes de provar a pannacotta com molho de framboesa e de me despedir do Tejo com um brinde do copo já quase vazio de um dos vinhos de uma extensa carta.

À vossa, Di Casa!

Tudo o que precisa num único espaço